Lembro de minha infância, era muito falado para socorrer as crianças com paralisia infantil ou poliomielite.
Este aparelho foi criado pelo Dr. Philip Drinker em 1920 pois só com o Dr. Jonas Salk em 1955 com vírus inativado criou a primeira vacina contra a poliomielite que era injetável e depois foi substituída pela vacina do Dr. Sabin, via oral, popularizada pelo Zé Gotinha.
Em 1960 o Dr. Sabin criou a vacina oral para poliomielite, com vírus vivos. Amigo do Brasil e dos brasileiros casou-se com uma brasileira Heloísa Dunshee de Abranches em 1972.
Hoje temos o nosso Zé Gotinha, o Dr. Humberto Golfieri Junior que poderíamos definir: figura impoluta, caráter sem jaça, é um homem exemplar, diria um colega que sempre à disposição para atender os amigos e aos desconhecidos.
Tenho algumas histórias para contar.
Amigo de muitos papos no Hospital Policlínica, foi prefaciador de dois livros meus e intitulou uma história do Kco, pagina 66 do Livro, AMIGOS DO KAKO – KCO- VALEU A PENA!, onde a Hebe aprendeu a dirigir carro automático.
Mas o Humberto sempre se notabilizou, tinha um grupo de estudo de Filosofia, escreve contos emocionantes, retratando a vida; em outra fase da vida dedicou-se as artes plásticas tornando-se um artista muito elogiado.
Certo domingo na feira do Teatro encontro a família Golfieri, expondo vários tipos de artes, lindas muito apreciadas.
Preparou um quadro para a exposição Sensorial para os cegos em São Paulo, e continua transmitindo suas habilidades. Na ausência do colega Fabio Negretti em aula, sua cadeira no grupo foi ocupada por sua caricatura assinada pelo amigo Humberto.
Agora o vemos na mídia televisiva e na internet incentivando os pais a vacinarem seus filhos. É um exemplo mostrando que mesmo com as sequelas, venceu na vida, mas seria, bem mais fácil se tivesse sido vacinado contra poliomielite.
Na corrida noturna da UNIMED passou por mim pedalando em sua handbike – competindo com os primeiros.
Agora exemplo para os pais no incentivo mostrando que poderão permitir, facilitar a vida dos filhos levando-os a vacinar.
A vida nem sempre é igual para todos, temos uma estrada a percorrer aqueles que nos dão a mão para os primeiros passos, as vezes não tem como conseguir recursos que nos facilitem a caminhada, mas como já foi dito, começamos com o primeiro passo. Muitas vezes as bengalas nos apoiam, mas a nossa mente, nosso esforço, nos leva a vencer etapas, o tempo não importa, a classificação será a coroação do esforço, àqueles que acham que somos exemplo, que sigam, e neste caso, o Humberto estimula para a prevenção, e deixa um recado, peguem os pequenos pela mão e os levem aos Postos de Vacinação, a decisão neste momento é nossa e o futuro nos apresentará um jovem sadio que certamente irá agradecer a Deus e aos que o conduziram nos primeiro passos.
Dr. José de Jesus Lopes Viegas – Médico CRM/PR 5272 – Presidente AMC