A penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes. Alexander Fleming
A Colônia Italiana tem dois dias para celebrar a sua presença; o 21 de fevereiro “Dia do Imigrante Italiano no Brasil”, que passa esquecido em muitos lugares e o 02 de junho que é comemorado em todo o mundo onde estiver um italiano, hoje com uma visão diferente dos idos do Império Romano, onde o Sol não se punha tal a extensão do domínio. A tradição, cultura, a música, a comida, o vinho e o espírito alegre e fraterno, nos fez reunir em torno de uma mesa onde a polenta com radite foi o prato principal e as lembranças nos embalaram num dia de sábado.
A Alande soube nos receber e lá estavam além dos netos e da Fernanda uma auxiliar de dar inveja. Nos encontramos eu, a Soninha com o Zanata, o Kuiava e esposa, o Corbari e esposa, o Jaime e esposa e a Giselda. O ambiente muito lembrava o Celso que estará sempre presente pela personalidade marcante e sentimentos, sua presença ao admirarmos os chapéus e as bengalas na chapeleira e quando a Elis tocou o sino para avisar que o almoço estava servido, o apetite já estava aguçado pelo primo antipasti, deliciosos e o vinho sorvido com prazer, uma oração elevou nossos espíritos, dita pela matriarca, lembrando em seguida pelas canções La Bella Polenta, Quel Mazzolin Di Fiori, e os amigos Nichetti foram ouvidos cantando graças a gravação de um CD bem conservado.
A rememoração nas conversas com o Zanata nos reportaram às duas décadas que o programa italiano nas tardes de sábado ia ao ar na Rádio Colméia ali na Mato Grosso com notícias, brincadeiras, e muita música especialmente folclóricas com o Corbari foram recordadas, os embates na Câmara de Vereadores onde militamos por alguns anos.
Como o sempre Reitor Kuiava, as lembranças foram as suas participações em reuniões em Curitiba com a prepotência do Governador Requião e outros mais, e lembrei-me de um artigo em defesa da mulher, especialmente a Sonia minha esposa que se viu impedida de trazer um ramo de flores em uma viagem de regresso à Cascavel. O Kuiava estava no ônibus e foi em sua defesa como “gentleman” que sempre foi e convenceu o motorista intransigente que nada impedia-a de portar um ramo de flores junto ao seu banco, e depois publicou um artigo no “O Paraná” relatando o episódio.
Após um pouco de cantoria vieram as sobremesas, delícias para saciar a gula que deixa de ser pecado num momento de felicidade explícita.
Em conversa reservada o reitor nos confidenciou que fará várias cobranças, agora como sitiante, em defesa da mobilidade de seus vizinhos, o espírito lutador está sempre presente.
A tarde foi chegando e tivemos que nos despedir, mas sempre na esperança de novos encontros onde não só a saudade mas novos projetos estarão em pauta mesmo que sejam gastronômicos.
José de Jesus Lopes Viegas
Médico CRM/PR 5279
“Nada es mejor que una copa de vino.
Bueno… Mejor dos!”
Prezado Dr. Jesus, Che bello! A Filosofia do vinho. É prazeroso ler escrito aquele encontro na encantadora casa da Alande. Assim, a rememoração fica na mais elevada lembrança e no mais profundo sentimento do coração. Celebrar os sabores da comida e do vinho, com conversas, histórias… relembrar o passado no presente. Obrigado Alande e Dr. Jesus.