Edo Peixoto

A Sua descendência alemã Dihel que caracterizou a retidão, a ética e a portuguesa Peixoto, o altruísmo, o espírito desbravador, o carinho e a amizade marcaram sua trajetória em terras paranaenses. Ao unir-se com a família italiana Pagnoncelli de sua esposa, foi o momento que se integrou totalmente em Cascavel. Inicialmente num Hospital de Madeira […]

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44 anos depois – Parte I

Nasci. 12 de julho também. Ele já havia escalado altos postos. Seu país dele se orgulhava e com ele se identificava. Usava, de inicio, simplesmente suas emoções e sua capa preta de poeta, que o ajudava a suportar o frio intenso de sua região, ora mar, ora cordilheira do sul da América. Beleza inóspita, fauna […]

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Anestesia

– Sente aqui? –Não. – E aqui, sente alguma coisa? – Nada, não sinto nada. Campos cirúrgicos colocados. – Podem começar! Corte. Sangue. Um pouco do cautério. Bzzzz!!! Olho para a paciente e nenhuma reação. Já fiz isso centenas, milhares de vezes nesses 10 anos trabalhando como anestesiologista, no entanto, pareceu a primeira. Fiquei surpreso […]

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Como o destino atrapalha uma vingança…

Sábado, setembro de 1958. O enfermeiro Vicente atravessou toda rua da feira, levando numa cuba um enorme baço. Manezinho, filho de Atanázio, porteiro do hospital, diácono da igreja evangélica, homem sério, temente a Deus e de grande credibilidade na cidade de Palmares, interior de Pernambuco, sofria da chamada barriga d’água A cirurgia para retirada do […]

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A solidão vai bater!

Depois de quatro dias cuidando da parturiente, uma índia yanomami já passada dos quarenta anos, e a preferida do total de cinco esposas do cacique, no interior de Roraima, nasce um menino de olhos assustados, como se estivesse me interrogando: onde estou, quem é você? Dou-lhe as boas vindas, lhe desejo boa sorte, antes de […]

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Um resto de liberdade

Mexendo numa gaveta encontrei uma caixa e dentro dela havia um resto de liberdade. Era tão pouco que quase não se notava, mas estava lá. Embaixo de uns papéis velhos, umas canetas gastas e outras quinquilharias que a gente esquece nas gavetas. Ela estava um pouco empoeirada e dava para ver que não era uma […]

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O Sétimo Mandamento

Deus escolheu Moisés para receber os Dez Mandamentos e orientar o povo Judeu que precisava de uma nova ordem para a boa vizinhança. O sétimo mandamento diz “Não Roubarás”. Muitos anos depois, Jesus Cristo foi crucificado entre dois ladrões: Dimas o bom ladrão e Gestas o mau ladrão. Alguns relatos contam que o bom ladrão, […]

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A esperança de Beckett

 Se o presente é uma sombra que se move separando o ontem do amanhã, nessa sombra repousa a esperança. Então, a esperança repousa numa sombra que se move em direção ao futuro. Ora, é a nossa própria vida, a nossa jornada em busca de algum sentido… O dicionário diz que a esperança é um substantivo […]

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PARE

Todo mundo se acha certo.  Todo mundo se acha justo e infalível.  Todo mundo acha que as suas escolhas são as melhores  e cada vez mais as pessoas demoram para perceber  que isto nem sempre é verdade.  Todo mundo coleciona frases bonitas nas redes sociais,  muitos gostam de citar as sagradas escrituras de forma que isso sirva e valide suas atitudes.  Muitos adoram citar Einstein, Fernando Pessoa, Carlos Drummond com frases que essas figuras  famosas nunca disseram. É a eterna busca por validação. Uma espécie de “tá  vendo, este sou eu, eu penso assim, portanto estou certo.”   Vivemos na era do “não me importo com o que os outros pensem” e no  entanto, vivemos buscando validação e uma certa assertividade impossível de  ser alcançada. Por que será?   Talvez porque a enxurrada de informações que temos disponíveis nos  mantenha em um estado perene de incertezas. Porque não largamos nossos  smartphones nem para ir ao banheiro. Porque precisamos estar “por dentro” do que está acontecendo no mundo, agora, em tempo real, sem pausa. Alguém aí  já parou para se perguntar o que é tempo real?  Vivemos com medo e cercados de dúvidas. Esse transtorno de querer  saber tudo mas ao mesmo tempo saber tão pouco e tão superficialmente.  Como Shakespeare já disse: Dêem um tempo para a cabeça de vocês! (essa frase não é dele).  Não paramos para pensar porque não paramos mais. Parar é “zona de conforto”.  Saia dela! Busque! Lute! Desbrave! No mínimo faça citações de grandes personagens da história.  E não paramos, não paramos.  Nosso cérebro fica viciado em novas informações, em rolar a tela. Em novas curtidas e novos  comentários para aquele post que eu fiz. Afinal todos precisamos desabafar,  dizer umas verdades! Mas quantas verdades andam por aí.  Quem é a verdade mesmo? Quem tem razão?   Então vivemos soterrados em uma cacofonia de “verdade” e frases de efeito e  “saia dessa zona de conforto”. Então, vivemos cansados porque nossos olhos  não param. Nossos dedos não param de digitar e “rolar” as telas em busca da  próxima notícia. Da próxima novidade. Da próxima dancinha engraçada.  Por isso estou escrevendo isso. Não é a verdade, eu não tenho essa pretensão.  Estou escrevendo isso apenas para dizer PARE.  Pare um pouco. Largue o celular, largue o tablet. Desliga essa televisão.  Olha um pouco para a rua. Respire.  Este eterno estado de atenção não faz nada bem. Não é possível. Pare.  Escute o que a pessoa que está falando com você agora tem para dizer. Sem  ficar olhando para a tela do celular e soltando interjeições:”Hmm” “Aham” “Sei”.  Sabe? O que você sabe? Você nem estava prestando atenção! Pare.  Nós temos todo tempo do mundo quando pararmos um pouco. Nós não temos  que resolver tudo. Não precisamos estar certos 100% do tempo. Nós podemos  errar. Tá tudo bem. Quando o mundo todo se concentra em viver num  “metaverso”, eu acho que temos que viver o agora (não é frase de efeito ok?).  Para encerrar deixo aqui uma frase de Sêneca. Esta sim é de verdade.  “As coisas que nos assustam são em maior número do que as que  efetivamente fazem mal, e afligimo-nos mais pelas aparências do que pelos  fatos reais.”  Dr. Carlos Eduardo dos Santos – Caê Martins. […]

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A cidade esplêndida que te desejo…

Sou um apaixonado pelas cidades, sejam elas quaisquer, pequenas, grandes, médias… Já reparastes que as cidades têm alma, personalidade própria, única?… E nisso os seus moradores devem ser invejados: só eles, com a convivência cotidiana, é que sabem dos segredos, dos problemas, das belezas existentes em sua aldeia. Existe, e isso é inegável, uma relação […]

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